No dia seguinte, nossa primeira parada foi em Óbidos, que fica a 80 km ao norte de Lisboa. Essa pequena cidade conserva ainda seu ar medieval e sua tranquilidade, dentro de uma murada de pedra. A cidade é bem pacata, a não ser pelos turistas (aí me incluo!) que chegam sem parar, todos os dias.
Óbidos também tem um aqueduto (que transportava água para a população) que foi construído a mando da Rainha D. Catarina de Áustria, esposa de D. João III e tem 3 km de comprimento. Hoje permanece como uma obra histórica logo na entrada da cidade.
Logo ao chegar, ao atravessar a porta da vila, esse lindo painel de azulejos é uma linda surpresa, que enfeitam essa parede desde o século XVII. Foi construída na época do Rei D. João IV e dentro há uma capela-oratório de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Óbidos.
Andando pela Rua Direta (que antigamente eram chamadas assim a rua principal das cidades, onde toda a movimentação acontecia) logo começamos a ver o comércio local e os moradores, com seus artesanatos, lojas de bebidas, restaurantes, docerias, etc.
As casas possuem uma decoração típica de Portugal antiga, com faixas amarelas ou azuis geralmente na parte baixa da casa e flores na frente, como os gerânios. Dizem que a tinta utilizada servia para espantar os insetos, assim como as flores, garantindo a tranquilidade dos moradores e ainda embelezando a fachada. E assim permaneceu essa tradição em muitas cidades Portuguesas.
Uma outra atração de Óbidos é o licor de Ginja, que é uma espécie de cereja silvestre, e ali você encontra várias casas que vendem a ginja. Eu provei, é muito saborosa!
Uma maneira inesquecível de experimentar a Ginja é bebê-la em copinhos de chocolate, que são vendidos juntamente com o licor.
E que tal saborear com um pastel de nata... ou dois? Fica muito bom também!
E assim fomos caminhando e descobrindo mais de Óbidos, lá existem várias igrejas e a Igreja matriz é a Igreja de Santa Maria, localizada na praça que leva seu nome, e passou por domínio muçulmano (e depois foi retomada pelos portugueses), por um terremoto e foi então reformada.
O Castelo de Óbidos foi inicialmente projetado pelos Romanos, depois tomado pelos árabes e por fim pelos Cristãos. Também sofreu com o terremoto e foi posteriormente restaurado.
E assim deixamos Óbidos e seguimos para a cidade de Batalha, onde foi construído o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, mas que é conhecido como Mosteiro da Batalha. Ele foi construído na época de D. João I em homenagem à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota (D. João I fez uma promessa que se ganhasse a batalha construiria um monumento grandioso em sua homenagem). Essa batalha aconteceu entre os portugueses e os castelhanos em 1385, na disputa pelo trono de Portugal. Os portugueses tiveram o apoio dos ingleses e assim acabaram por vencer e conquistar o domínio das suas terras.
Sua construção levou cerca de dois séculos, sendo terminado em 1517. O monumento é tão majestoso e de importância histórica, que foi considerado pela UNESCO como patrimônio mundial e em 2007 foi eleito uma das 7 maravilhas de Portugal!
Em frente ao Mosteiro está a estátua de D. Nuno Alvares Pereira, que foi um nobre e guerreiro Português, um dos responsáveis pela vitória.
Mosteiro da Batalha
Largo Infante D. Henrique, Batalha 2440-109 , Portugal
Nenhum comentário:
Postar um comentário